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Por que o diagnóstico de autismo pode chegar só na vida adulta?

  • Foto do escritor: Marimar Nascimento
    Marimar Nascimento
  • 17 de nov.
  • 3 min de leitura
Pessoa sentada em posição confortável com um livro aberto no colo e uma xícara nas mãos, em um momento de introspecção e acolhimento.
Descobrir-se autista na vida adulta pode envolver ressignificação da própria história e acolhimento das próprias necessidades.

Tem se tornado cada vez mais comum que pessoas descubram o diagnóstico de autismo somente na vida adulta, e isso tem levantado muitos questionamentos: sobre a veracidade do diagnóstico, sua origem e até o significado dessa descoberta tardia. Existem algumas razões para isso, e vamos falar sobre as principais neste artigo.


É importante entender que o aumento no número de diagnósticos não significa aumento no número de pessoas autistas. O Transtorno do Espectro Autista é um transtorno do neurodesenvolvimento, o que significa que suas características estão presentes desde a primeira infância, mas, em muitos casos, não são percebidas.

Falta de avaliação adequada na infância

A ausência de avaliação diagnóstica na infância é uma das causas mais comuns do diagnóstico tardio, principalmente em autistas com nível 1 de suporte.


Até poucas décadas atrás:

  • O acesso à informação sobre autismo era limitado;

  • Pais raramente suspeitavam do diagnóstico;

  • Ainda menos profissionais eram qualificados para avaliá-lo.


Assim, era mais comum que apenas crianças autistas com maiores dificuldades (níveis 2 e 3 de suporte) fossem diagnosticadas, enquanto aquelas com maior autonomia passavam despercebidas.


Desinformação sobre autismo em adultos (especialmente em mulheres)

O TEA ainda é fortemente associado a crianças, principalmente meninos. E isso é reforçado porque, ao crescer, muitas pessoas autistas desenvolvem estratégias para camuflar suas características (o chamado masking), tornando o diagnóstico ainda mais complexo. O autismo camuflado continua sendo autismo.


A camuflagem costuma gerar prejuízos importantes, como o aumento da ansiedade, do estresse e sentimento de inadquação. Com o tempo, isso pode contribuir para o desenvolvimento de condições como transtornos de ansiedade, depressão e transtornos alimentares.


Diagnósticos equivocados

Outra razão frequente para o diagnóstico tardio é quando a pessoa recebe outros diagnósticos ao longo da vida antes de chegar ao TEA.


Isso pode acontecer porque:

  • Alguns transtornos realmente são desenvolvidos como consequência da camuflagem;

  • Algumas características são semelhantes a outros quadros, como TDAH e transtornos de ansiedade, o que pode gerar confusão clínica.


O que muda após o diagnóstico?

Essa dúvida é comum e muito válida. A experiência varia entre indivíduos, é comum que cada um perceba as mudanças de uma forma diferente, mas alguns efeitos positivos são frequentemente relatados:

  • Muitas pessoas relatam alívio e autocompreensão, o que ajuda na validação de suas próprias necessidades e redução da autocrtítica. Isso pode gerar a diminuição da ansiedade, do estresse, do mascaramento, e consequentemente o aumento da qualidade de vida.

  • O manejo das dificuldades relacionadas ao TEA também é algo que costuma melhorar. Após o diagnóstico, a psicoterapia pode auxiliar, por exemplo, com treinos de habilidades sociais e comunicação, ferramentas para auxiliar na regulação emocional e flexibilidade cognitiva, além de estratégias para lidar com a sensibilidade sensorial.

  • Outra mudança é o acesso aos direitos reservados à pessoas com TEA, que podem facilitar o acesso a serviços, ambientes e condições necessárias para bem-estar e qualidade de vida.


Se você tem diagnóstico ou suspeita de TEA, você não precisa descobrir tudo sozinho(a).


A avaliação neuropsicológica pode ajudar a investigar o diagnóstico e compreender o seu perfil cognitivo, e a psicoterapia pode auxiliar no processo de autocompreensão, regulação emocional e adaptação das necessidades do dia a dia.


Se você se identificou com este texto e gostaria de iniciar esse cuidado, eu posso ajudar.

Atendo adultos autistas ou com suspeita de TEA, online, em todo o Brasil.

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Comentários


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Marimar de Souza do Nascimento

Psicóloga Clínica | CRP 05/66100

Olá! Me chamo Marimar Nascimento, e meu trabalho é voltado ao diagnóstico e tratamento de adultos com suspeita ou diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA).

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          marimarnascimento@gmail.com

          @psimarimarnascimento

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