Transtornos Alimentares
Os transtornos do neurodesenvolvimento são condições que se originam nos primeiros estágios da infância e envolvem diferenças na forma como o cérebro se desenvolve e processa informações. Essas diferenças podem afetar áreas como atenção, linguagem, aprendizagem, comportamento, habilidades sociais e funções cognitivas. Entre os transtornos do neurodesenvolvimento, estão o Transtorno de Espectro Autista (TEA), o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o Transtornos Específico da Aprendizagem, os Transtornos do Desenvolvimento Intelectual, os Transtornos da Comunicação, entre outros.
Avaliação Psicológica para Cirurgia Bariátrica
A avaliação psicológica para cirurgia bariátrica investiga aspectos emocionais, comportamentais e motivacionais, auxiliando na compreensão do preparo psicológico do paciente e do seu engajamento nas mudanças necessárias para o pós-operatório.
Para quem é indicada
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Pessoas em processo de preparação para a cirurgia bariátrica, conforme solicitação médica;
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Pacientes que desejam compreender melhor sua relação com a alimentação, corpo e emoções;
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Quem busca garantir uma adaptação saudável às mudanças físicas e comportamentais exigidas após o procedimento.
Objetivos e principais focos da avaliação
A avaliação psicológica tem como foco compreender o funcionamento emocional e comportamental do paciente diante da decisão cirúrgica, identificando fatores que possam interferir na adesão ao tratamento e na manutenção dos resultados a longo prazo. São investigados o entendimento sobre o procedimento, as expectativas quanto aos resultados e, principalmente, o engajamento em relação às mudanças de estilo de vida e à relação com a alimentação. Além disso, é avaliado o papel e a disponibilidade da rede de apoio do paciente (familiares, amigos e profissionais envolvidos), reconhecendo sua importância para o sucesso do processo cirúrgico e para a adaptação emocional e comportamental no pós-operatório. O resultado oferece informações fundamentais para o acompanhamento multiprofissional, fortalecendo o autocuidado e o suporte contínuo após a cirurgia.
Psicoterapia para Transtorno de Compulsão Alimentar
A psicoterapia para o transtorno de compulsão alimentar auxilia na compreensão e manejo dos episódios de comer compulsivo, promovendo equilíbrio emocional e melhoria na relação com a alimentação.
Para quem é indicada
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Pessoas que apresentam episódios recorrentes de ingestão alimentar excessiva, acompanhados de sensação de perda de controle;
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Quem utiliza a comida como forma de lidar com emoções intensas, como ansiedade, tristeza ou estresse;
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Indivíduos que sentem culpa, vergonha ou sofrimento após os episódios de compulsão;
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Quem deseja compreender o vínculo emocional com a comida e desenvolver estratégias mais saudáveis de regulação emocional.
Principais características
O transtorno de compulsão alimentar é caracterizado por episódios recorrentes de alimentação excessiva, sem comportamentos compensatórios. Esses episódios costumam ocorrer em resposta a emoções negativas, levando a sentimentos de culpa e perda de controle. A autocrítica e a insatisfação corporal tendem a agravar o quadro, perpetuando o ciclo de compulsão.
Algumas estratégias terapêuticas utilizadas
A psicoterapia busca compreender os gatilhos emocionais e cognitivos que antecedem os episódios, promovendo o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento mais funcionais. São utilizadas técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), psicoeducação sobre o transtorno, as emoções, e os pensamentos, além de treino de habilidades de regulação emocional e fortalecimento da autoestima. O objetivo é restaurar o equilíbrio emocional e reduzir a frequência dos episódios de compulsão.
Psicoterapia para Bulimia Nervosa
A psicoterapia para bulimia nervosa auxilia na redução dos comportamentos compensatórios e na reconstrução de uma relação equilibrada com o corpo e a alimentação.
Para quem é indicada
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Pessoas que apresentam episódios de compulsão alimentar seguidos de comportamentos compensatórios (como vômitos, uso de laxantes ou jejum prolongado);
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Quem vivencia sentimentos de culpa, vergonha ou preocupação excessiva com o peso e a forma corporal;
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Indivíduos que alternam entre períodos de restrição alimentar e perda de controle;
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Quem busca compreender e transformar padrões emocionais e cognitivos ligados à alimentação e à autoimagem.
Principais características
A bulimia nervosa é marcada por um ciclo de compulsão e compensação, geralmente acompanhado de intensa autocrítica, medo de engordar e baixa autoestima. Esse padrão pode gerar sofrimento psicológico significativo, prejuízos físicos e isolamento social. O comportamento alimentar torna-se uma forma de lidar com emoções difíceis, reforçando o ciclo de ansiedade e culpa.
Algumas estratégias terapêuticas utilizadas
A psicoterapia se baseia em abordagens cognitivo-comportamentais e psicoeducativas, com foco na identificação e modificação de pensamentos disfuncionais sobre corpo, peso e alimentação. Também envolve o fortalecimento da autoestima, o treino de habilidades de enfrentamento e o manejo de emoções que precipitam os episódios. A colaboração interdisciplinar (com psiquiatria e nutrição) pode ser necessária para um tratamento mais abrangente e seguro.
Psicoterapia para Anorexia Nervosa
A psicoterapia para anorexia nervosa auxilia na compreensão dos fatores emocionais e cognitivos que sustentam a restrição alimentar, promovendo recuperação da saúde e da autoestima.
Para quem é indicada
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Pessoas que apresentam restrição alimentar intensa, medo de ganhar peso ou distorção da imagem corporal;
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Quem enfrenta ansiedade elevada em torno da alimentação e do corpo;
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Indivíduos que mantêm comportamentos rígidos de controle de peso, mesmo com prejuízo à saúde;
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Quem busca compreender a função emocional dos padrões de restrição e restaurar o equilíbrio entre corpo e mente.
Principais características
A anorexia nervosa é caracterizada pela restrição alimentar persistente e pelo medo intenso de ganhar peso, frequentemente acompanhados por distorções na percepção corporal. Pode haver uma sensação de controle e autoeficácia associada à restrição, que funciona como uma estratégia para lidar com insegurança, ansiedade ou necessidade de aprovação. O quadro envolve risco clínico importante e exige abordagem cuidadosa e multidisciplinar.
Algumas estratégias terapêuticas utilizadas
A psicoterapia busca promover o reconhecimento das crenças e emoções subjacentes à restrição alimentar, trabalhando a autocrítica e a rigidez cognitiva. São utilizadas técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e, em alguns casos, de Terapia Focada em Esquemas e Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT). O processo envolve psicoeducação sobre alimentação e emoções, fortalecimento da identidade e apoio à reintegração de comportamentos alimentares saudáveis. O acompanhamento conjunto com psiquiatra e nutricionista é indicado em todos os casos.
